domingo, 26 de dezembro de 2010

Um passeio pela Brejaúba

Estou “indo” à minha infância buscar um pouco de água, graças à gentileza de um casal daqui de Caeté, volto lá a passeio. Não vou sem nostalgia de criança bem novinha esperando o Papai Noel até dormir na esperança de conhecê-lo pessoalmente e acordando pela manhã para conferir se ele existe mesmo, a prova: bonecas e balas sobre o terço aberto no banquinho de madeira.
Terei quinze dias pra viver doze anos, como num sonho onde minutos parecem horas.
Lembrar do cheiro dos bezerros recém nascidos dando os primeiros passos, dos pintinhos famintos piando em coro pela manhã, das brincadeiras no ribeirão, das canções tristes de minha avó. Pescar no rio, passear pelos quintais, ir ao moinho por aquele caminho varrido e longo que hoje só existe na memória.
Quero a água deste rio que molha a frente da casa, quero buscar o seu silencioso passar, suas cheias e seus peixes, um bote à beira que vira e mexe tá cheio de água (defeito de fabricação), a mexeriqueira miúda, os pés de manga, a laranjeira de laranjas que nunca amadurecem, os passarinhos, os peixes... a água correndo pela bica de bambu. Neste vidro, diferente dos outros que trazem data e hora escreverei apenas: água onde Cida e Iéié nadaram sua infância.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Chuvas de novembro

Choveu pra caramba!!! Belo Horizonte ficou mais longe...voltas e voltas pra chegar até lá. Como Caeté passou a ser rota de quem se destina da 381 para a 381(parte 2), as ruas estão movimentadas. O problema é que os motoristas se esquecem que aqui não é BR, entram na cidade voando e saem com pressa. E o tanto de carro? Ainda bem que pelo menos nos salvaram dos caminhões: “dos males os menos pesados!”
Mas voltando às chuvas, esqueci de colher. Ô frustração!!! Não peguei logo estas, as vingativas, as destruidoras, as inundadoras...gente com água pela cintura, carros no sumidouro. Mais gente no teto do ônibus, bombeiros e helicópteros.
Foi tanta chuva e ainda chove. As ruas cheias de sombrinhas coloridas, única alegria visual possível em meio a tanta desordem. A gente tem que ir trabalhar e calças arregaçadas serão a nova moda nas vitrines? Que nada. Galochas coloridas voltarão. Uma fantástica cachoeira surgiu num bairro, noutro lugar um rio se formou, eletrodomésticos de mudança correnteza abaixo, o caos.
Em Caeté desfile de toda espécie de carros e motoristas perguntando como sair. Chegam aqui tontos de tanto rodar de um lado para o outro na estrada Sabará/Caeté. Só quem passa por lá constantemente consegue chegar sem sentir náusea, tamanha a quantidade de curvas. Lamento não ter capturado alguns mls desta chuva tão transformadora da rotina das pessoas.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Clima seco

Assistindo ao programa da Ana Maria Braga hoje pela manhã, ouvi uma convidada, repórter, falando sobre as queimadas que estão ocorrendo com esta seca que aí está. Ela falou que a fumaça lá do Norte, tá quase chegando ao Sul.
Lembrei do meu irmão e eu fazendo “feitiço”, lá na roça, para parar de chover e daí podermos brincar no terreiro...rsrsrs. Era pegar um pouco de sal e, evidentemente, na hora de uma estiadinha, desenhar no terreiro o rosto do sol sorridente. Minha avó, embora católica, não repreendia. Pelo menos tinha sossego enquanto inventávamos moda. Será que funcionava? Ah se eu lembrasse!!!
E pensando no que serão lembranças no futuro... às vezes, à tarde, na varanda da casa de um colega, observando a paisagem seca, o ouço perguntar só para rirmos: “_Urubu, vai chover?”. Se o urubu bater asas quer dizer que sim, senão, não. E ele tem acertado. Isso meu amigo aprendeu com o pai. É tão interessante (na falta de outra palavra) trazermos histórias de gente que já foi, é como ouvir o som de suas vozes noutras bocas.
E sobre vozes, minha avó, lá no fogão ou na máquina de costura, quando não chovia há dias, cantava música de seca. Estas são as mais tristes, e sua voz chorosa ensopava nossa imaginação. E a gente corria pro ribeirão.
Voltando ao programa, a repórter falou que 60% da poluição que temos no Brasil, vêm das queimadas, e elas não estão sendo feitas para fim de nenhum progresso, somente destruição mesmo. Como estou fazendo pós graduação em Educação Ambiental, estes fatos estão causando em mim uma dor danada. Só de pensar no ar que meus netos vão respirar...até pensei nos cantos da minha avó. E penso também que daqui a pouco não teremos os urubus para fazer previsão do tempo.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A visita do Rambo

Esta semana foi de comentários vários sobre o desempenho do ator americano Silvester Stalone, durante uma entrevista a um programa de TV americano.
Em tudo quanto é lugar, os brasileiros manifestaram sua indignação.
Não sei se fico indignada. Sabe quando você é criança e faz uma arte, então se machuca? Aí então a mãe fala “_Bem feito, eu avisei você!”
É isso que eu digo.
Nós somos muitos bonzinhos mesmo. Sofremos humilhações por parte de gringos (é só ver que eles estão comprando a Amazônia e marcam hora para fechar a estrada, usando os indígenas para isso); sofremos humilhações por parte das autoridades de nosso próprio país, é só assistir aos noticiários para ver o quanto os policiais abusam do poder que têm. Aliás, deveriam ser educados para saber lidar com isso; sofremos humilhação quando vamos aos hospitais públicos e não conseguimos atendimento; sofremos humilhações com a roubalheira dos políticos que vivem vidas de contos de fadas com o dinheiro público, enquanto nós trabalhamos para pagar impostos (que obviamente serão gastos depois com o luxo deles).
Quantas vezes recebemos e admiramos turistas que chegam aqui com aquela cara de bobos e fazemos tudo quanto é mímica para sermos entendidos e poder atendê-los da melhor maneira?
Então? Somos mesmo uns babacas! Depois dessa percepção profunda por parte de um ator tão competente em termos de atuação, um deleite para mentes intelectuais, temos mesmo que reconhecer: somos uns palhaços.
Agora, cabe a nós mudar este estado de coisas. Vamos assistir ao filme dele?
Vamos continuar rebolando pra esse povo que vem aqui dar palpite sobre a forma com que tratamos nossas florestas, nossos rios, nossos animais. Obviamente que florestas, rios, animais, devem ser muitíssimo respeitados. Muito mais que turista americano. Então vamos tratar bem o que nós temos, lutar pelos nossos direitos, ser mais patriotas e dar uma banana para o filme do Stalone.
Ou então vamos continuar sendo chamados de “retardados”, porque é isso o que estamos sendo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Olha ela aí no meu quintal!

Araras em seu novo habitat

A nossa sociedade busca se ligar à natureza de várias formas. Criam-se todo tipo de perfumes com aromas naturais: pra gente, pra carros, pra ambientes. Creme dental com sabor de frutas pra seduzir os pequenos. Admiramos quadros realistas onde se pode quase sentir o pêlo na casca do pêssego ou parecemos nos refrescar com as águas de uma cachoeira. Os descansos de telas dos computadores trazem paisagens maravilhosas. Nossas varandas com vasos de plantas, a vontade de ter um pequeno sítio para fugir do barulho da cidade nos finais de semana.
Entretanto tudo isso é um paradoxo diante do que está verdadeiramente acontecendo no meio natural, o homem quer criar uma “natureza” em detrimento daquela que destrói, pode ser uma forma de se enganar enquanto caminha para o fim junto com o meio em que vive.
Sabores e fotos são como resgatar aquilo que não vejo nem sinto mais, por alguma razão ou outra, mas de tão importante há que se manter a essência. Reproduzem-se locais naturais em jardins de alto luxo, criam-se plantas em estufas num esforço de preservar a espécie, mas não se investe seriamente na prevenção da destruição, levando os conceitos de preservação às escolas, principalmente, as de ensino fundamental, onde temos o poder de educar verdadeiramente.
Quando se fala em reflorestamento então, parece que não estão falando sério. Milhares de hectares cobertos por um único tipo de árvore! Não há sons, não se ouvem passarinhos, o odor é invariável. Então, quando se refloresta, o objetivo é cobrir de verde, não necessariamente de vida, se a pensamos em plenitude.
Outro dia vi um casal de araras fazendo ninho sobre um prédio e catando comidas à beira de um riozinho cheio de esgoto. Todo mundo achando aquilo tudo muito lindo! Já estiveram aqui em casa também, numa árvore do quintal, liguei para a polícia florestal e eles disseram: “_deixa elas quietas que elas voltam pro lugar de onde vieram.” Se fosse hoje eu perguntaria pra ele “_Será que o senhor não daria uma forcinha pra elas voltarem pra a laje então?”
Minha cidade está cercada por eucaliptos, aulas de Arte se tem uma vez por semana nas escolas públicas, para descansar os meninos, tadinhos. Matemática, Português, Inglês, estas matérias mais importantes cansam a gente mesmo. Educação Ambiental, não há. Então também não há do que se admirar, estão todos afinados com a educação que receberam: é mesmo lindo ver araras nos telhados!

sábado, 17 de julho de 2010

Minha vizinha e o fim do mundo

Todo dia quando eu passo pela rua de manhã, vejo uma doninha lavando a calçada. Fico com bastante pena de ver a água cristalina saindo pela mangueira enorme, pra lavar as marcas.

“_Será o que ela tá lavando com essa água tão limpa?” Registros de pessoas e carros que por ali passaram. Mas precisa lavar tanto? Lava calçada e não satisfeita lava a rua asfaltada. Não pode esperar a chuva que já se demora. E está bastante seco, e nem um pingo. Daqui a pouco já se discute uma racionalização do precioso líquido, será como ela vai arrumar?

A água suja de pés e pneus vai descendo a rua e entra na bueira. Imagino o seu caminho sujo até chegar lá embaixo e sujar o rio. Não há tratamento que dê conta de tanta porcaria, e não há tratamento de fato.

Dá vontade de aconselhar “_Lava tanto não! Água essa tem pedaços de gente, de sentimentos de todos os tipos, marcas de pessoas que pisaram por aqui, que passaram rápido ou devagar com seus pensamentos!” Mas será que ela ouviria? Ou compreenderia? Ou então “_O que limpas tanto?”

Pergunta de psicólogo querendo que o paciente descubra por si mesmo. O problema é que tem paciente surdo.

E a água passageira e limpadora vai lavando os rastros, escorrendo, fazendo o trabalho da chuva que não vem.

Tenho notícias de que choveu no Nordeste a ponto de carregar gente. É água rebelde dando o troco para os desavisados. Na verdade água é mulher, e mulher é vingativa. E quando resolve passar o rodo pega quem tiver na frente, como um trator sem motorista. Também lavo o terreiro e às vezes até jogo água na rua, mas águas que lavaram as roupas sujas daqui de casa. Hoje mesmo tô jogando fora tudo que não presta: o cansaço e a revolta de lavar tanto, o fabricante de sabão que deve ter um contrato com os fabricantes de máquinas, a poeira de dias não choventes, a falta de uma mangueira interior que transporte esse tanto de sentimento pra fora do corpo.

Talvez se a natureza tivesse como Deus, seus dez mandamentos, alguns deles seriam: Não jogar água fora; não desfazer os rastros de pessoas; não limpar demais aquilo que não é limpável; não derramar; ter mais cuidado com aquilo que a natureza te deu.

Lá vou eu de novo rua afora, e tá ela lá de novo esguichando água, parece que quer conversar, passo depressa, já pensou se eu paro e ela fala enquanto a água escorre? Mais desperdício.

Ai...queria dar aula pra ela, penso que é pretensão. Dona tão boazinha e tão limpadora! Que posso dizer?

Melhor ir pra escola e prevenir crianças desacabadas sobre a possibilidade do fim do mundo, sem água. Deus não teria tanta pra repetir dilúvio.

domingo, 16 de maio de 2010

Lua e mar de João Pessoa

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Gringos, Vale e Belo Monte

Olha pessoal, sou muito pela preservação ambiental, muito meeeeesmo!!!!

Mas também sou muito “O BRASIL É DOS BRASILEIROS E A AMAZÔNIA É DO BRASIL” e sou pouco tolerante neste assunto.

Sei que não tenho forças pra lutar contra o que estão fazendo com o nosso Meio Ambiente, sozinha...mas não pediria de maneira alguma palpite de gringo. O mundo inteiro quer tomar conta da Amazônia, principalmente os americanos e se continuarmos de braços cruzados enquanto ela é destruída, eles conseguirão tomá-la pela força, ou discretamente, e quando acordarmos ela já não nos pertencerá.

Muitos devem estar pensando que a popularidade desta atriz Sigourney Weaver, pode dar algum fruto, mas eu espero sinceramente que ela fique por lá, e que suas manifestações sejam feitas à distância. Odeio estrangeiro metendo o bedelho, especialmente americanos. Eles já estão sobrando na Amazônia e a culpa é nossa e dos nossos Governantes que não tomam atitudes sérias a favor dos indígenas e estes vão para o lado que pode lhes oferecer alguma “compensação”.

Mas enfim, Belo Monte que é o que está motivando este textinho, representa grandes investimentos e importantes impactos ambientais. Investimentos públicos, geração e preservação de energia, alguns bilhões de motivos interessantes e um governo que parece não vislumbrar mais que alguns anos a sua frente. O que ficará para nossos netos ou bisnetos?

Outro dia conversando com um político sobre a vinda da Vale do Rio Doce para a cidade e as conseqüências ambientais que isso trará ele falou sobre os empregos que seriam gerados, eu falei sobre a insegurança dos ambientalistas, e ele me disse uma coisa que fiquei com vontade de bater nele: " os nossos netos terão que pensar em meios de conviver com o que herdarem, devemos pensar no benefício imediato que nos trará esta Empresa."

É foda ou não é?

“Comparando mal” como diria a minha avó é isso que o governo tá pensando em relação ao terrível impacto ambiental, sobre o qual tenho lido constantemente, que ocorrerá com a construção da Usina de Belo Monte: " o futuro não nos pertence". Esta minha avó citada sempre nas minhas lembranças tinha uma palavra que ilustra bem esse comportamanto de nossos governantes: “_Porta-me lá !!!!!”

Também o que são árvores, animais e índios perto de 30 bilhões?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

PEQUENOS E GRANDES DESASTRES, DESASTRES QUE LEVAM VIDAS TEM TAMANHO?

Estive assistindo na tv sobre os desastres acontecidos no Rio de Janeiro em decorrência das últimas chuvas...é realmente terrível.
Penso que isso é consequência de tantos fatos que se juntam pra formar uma tragédia.
Por que pessoas construíram casas sobre antigos lixões? Falta de informação, de recursos. Porque as autoridades não tomaram providências no início destas construções? Falta de competência, de interesse...seja do que for, eles deveriam saber que um dia isso iria acontecer.
Mas acontece que pra eles não importa! Sua preferência é antes pelo reparo que pela prevenção. E isso está escancarado por todo canto.
Outro dia ouvi um pensamento muito interessante sobre terremotos e testes nucleares: "terremotos, tsunames, haverá um dia em que os países que tem governos apreciadores de guerras, ou que gostam de meter o bedelho nos conflitos alheios desde que tenham algum interesse, como os EUA por exemplo, não precisarão mais nem mesmo se aproximar da área que pretendam devastar, basta que para isso explodam uma bomba em alguma fissura da crosta terrestre que as consequências exterminarão o 'inimigo'. "
A Tsar Bomb, testada em 1961, teve seu poder de fogo reduzido antes dos testes por que seus construtores temiam as consequências devastadoras até mesmo para eles. Meio século atrás. Mas que poder teria uma Tsar versão 2010? E as reações em cadeia?
Uma bomba tão poderosa poderia atingir até mesmo seus idealizadores, talvez por isso não fosse viável sua construção. A verdade é que nós, pobres mortais não somos informados de modo claro e preciso sobre as pesquisas desses pretenciosos deuses.
Tragédias que atingem comunidades ou tragédias que colocam em risco a humanidade, parece que todas sempre foram consequência da ação humana na sua ânsia pela vida ou pela morte: os que tem acesso ao conhecimento ou ao poder preferem fechar os olhos já que eles correm menos riscos, os mais carentes tendo que sobreviver de algum modo procuram áreas de ninguém para construírem seus pequenos sonhos: uma casinha, uma família, trabalho, comida...vividos na pobreza, às vezes miséria...mas é do céu que vem uma chuva inclemente que seria benéfica e limpadora de ares se não caísse com tanta braveza sobre todos sem distinção de classe social ou áreas de risco. Indefesos, por ignorância de ambos os lados, os mais fracos sempre perdem tudo.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

RIOS, SERRAS E PEDRAS


A minha cidade natal fica num plano bem baixo às margens de um rio bastante bonito com barragens prontas e em construção ( e como se não bastasse jogam esgoto nele!). Está cercada por serras altas, e quando a gente sobe nelas vê o rio lá embaixo parecendo um corregozinho fazendo curvas.
Tem lugar que a água é tão mansinha que parece estar parada quando a gente passa, uma calma convidativa, até mesmo pra mim que tenho medo de fundura de água. E tem outros onde ela é brava e barulhenta, parece protestar para que se afastem dela, mas aí eu sinto uma vontade de ficar ali olhando...
Tem uma ponte fininha onde só passa um carro de cada vez e onde ficam pescando os que desafiam os moços do IBAMA, passando por lá outro dia vi esses pescadores jogando suas linhas com molinete, aí vem a IBAMENSE toda...toda "_ô moço, nesta época é proibida a pesca...por esse e aquele motivo..." essas coisas que essa gente estudada vinda de fora vem ensinar pros matutos do interior. Alguns olharam para ela, outros continuaram pescando e um deles respondeu "_ a gente num tá pescano naum dona, tão só divertino. Pegamo os peixe e jogamo de volta no rio..." e continuou tranquilamente no seu divertimento.
Nestas enormes montanhas há muita pedra, e um certo tipo de preciosidade: o granito. Quando eu tô lá passando férias na casa de uma amiga, vejo as carretas passando. Apressadas pela avenida sem preocupação com as crianças que brincam pra rua afora, levando uma enorme pedra amarrada na carroceria, já encontrei com algumas dessas carretas passando por Borba Gato, um arraial próximo, numa estrada de terra bem fininha, cheia de altos e baixos, bem perigosinha pra um carretão daqueles, dizem as mas línguas que é pra fugir da fiscalização. Não achei nada de estranho, aqui o povo sempre dá um jeitinho... o exemplo vem dos políticos.
Mas estas pedras grandonas são vendidas pra fora e tem sempre um chinês ou um alemão por lá pra comprar elas, fiquei numa curiosidade danada e fui ver a pedreira de perto. Dá pra ver muito não, tem uma placa que só deixa pessoal autorizado entrar. Questão de segurança. Mas como eu acho que tenho colegas bastante curiosos pra ver o tamanho dessas pedras, eu tirei umas fotinhas e coloquei aqui. Minha amiga Preta posou perto de algumas delas pra gente saber o tamanho das bichas. Fui looooooooonge pra ver de onde eles tiram as pedras, mas não deu. Lembrei do Pico de Itabira que conheci através do poema de Carlos Drummond. As pedras vão acabar, os homens não vão ter onde trabalhar, será o que que eles vão inventar então? Pensei cá com meus botões. A empresa que explora a pedreira se chama MONTE SANTO!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Estas que estão à beira da estrada dizem que é refugo