terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Enquanto isso...

Comecei a minha coleção de águas enquanto ainda fazia faculdade de Arte e hoje minha frustração me faz falar sobre a condição do educador aqui em Minas Gerais. É certo que educação não dá voto a ninguém, quem se preocupa com a educação quase sempre vai viver como voluntário. É velho também que governar pessoas "burras" é mais fácil. Mas isso é falta de caridade! É triste pro professor e será pro aluno num futuro bem próximo. A coisa funciona assim dentro de sala: Quando questionamos algum aluno sobre não fazer nada dentro de sala ele sempre me dá a seguinte resposta: "_Pra quê fessora, de qualquer jeito eu vou passar mesmo." E se por acaso me faltam com o respeito ou cometem alguma grosseria e eu peço que se retirem ou se encaminhem para a supervisão tenho como resposta: "Não vai dar nada pra mim mesmo..." Seguido de um dar de ombros irritante. É isso, não vão tomar bomba porque os governantes os querem fáceis de governar, são mais valiosos em seu estado bruto e "não vai dar nada pra eles" porque são crianças e adolescentes descrentes desde já na justiça. E também se os educadores ousarem muito contra eles, os "lindos" ameaçam dar queixa no Conselho Tutelar ou em outro lugar qualquer, e como dizia minha avó "_com desculpa da má palavra..." vai dar ferro é pra gente. E assim se vai levando o ano letivo, sabendo que temos que nos esforçar até o fim pra colocar alguma coisa na cabeça dos alunos, pra todo o nosso investimento em tempo e aperfeiçoamento não nos frustrar ainda mais. Fazendo às vezes papel de pais, porque alguns destes também já perderam a esperança no rebento e no sistema, sem falar que podem ser agredidos pelos próprios filhos se pegarem muito no seu pé e sem poder contar com a lei, já que esta no Brasil protege mais os criminosos do que os trabalhadores. Vou dizer uma coisa, antigamente nossos pais nos obrigavam a ajudar em seus serviços, nos davam umas boas correiadas ou mais que isso se julgassem necessário, não tinha Conselho tutelar pra nos defender, e nossos pais criaram pessoas, gente de verdade. Hoje com tanto aparato legal, os adolescentes estão perdidos e mais perdidos e "fodidos" (idem ao perdão da má palavra)estão os pais que ousarem lhes dar algum serviço para fazer. Vão ser taxados de exploradores de menores. E se derem uma correiada? Bom, se não for severamente devolvido qualquer "corretivo", a lei tratará de "ensinar" a esses pais a criarem seus filhos corretamente. Então nada de trabalho, nada de corretivo. Deixe seu filho espancar o colega dele, assim a coisa fica entre menores. E entre eles tudo é "podido".

segunda-feira, 21 de maio de 2012

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Dia frio

O vento está bem frio hoje, mas prefiro assim. O outono é bem vindo junto com edredons e copos de leite quente à noite. Tá todo mundo andando bonito, bem calçado, bem vestido, sem ter a pele brilhando rsrsrs. Preguiçosa assim, aqui deitada, lá fora o vento, um pensamento visitou minha memória. Lá no tempo, de onde vem a saudade, não me lembro de blusas de frio. Lembro sim de fogão à lenha com farto fogo e arroz doce com rapadura, bem no comecinho da noite, servido em panela preta de ferro, sobre o "aterro". Docinho e gostoso como a vida era. Não sei se tinha botas, mas também o chão não era frio, e sim de tábuas de verdade, colocadas a uma certa altura distante do terreno. Morávamos acima da terra, suspensos em colunas de madeira forte, as quais não vemos mais nos dias de hoje. Estas escuras colunas, apesar de fincadas no chão durante anos, jamais apodreceram. Resistentes ao tempo, mas frágeis nas mãos dos homens. Anos mais tarde, jogaram a casa no chão, os novos donos da fazenda, e não sei o que fizeram com toda aquela madeira preciosa. Em seu lugar, ergueu-se uma grande casa, com firmes alicerces e tudo mais que vai junto: ferros, pedras, areia, cimento, tijolos, telhados de telha colonial e pisos de cerâmica: fantástico. Tudo bem pregado no solo, como deve ser um domicílio moderno. Sei lá o que me deu pra pensar nisso dessa forma, mas fico comparando isso com a mania que as pessoas tem de desprezar o que é do passado, inclusive gente.

sábado, 10 de março de 2012

quinta-feira, 1 de março de 2012

De gente e de bicho



Alguém pode ler e pensar "ela é louca".
Mas isso é o de menos imagine o que falo. Escrever é poético.
Não pensei que pudesse amar tanto! Um cachorro! Apolo.
Cão mesmo, quadrúpede.
Aqueles olhos pedintes me olhando da escada esperando o café da manhã.
Aquela carinha feinha e a boca babada...animais são inocentes...
Selvagens somos nós.
Já tenho idade pra dizer o que penso,
talvez na juventude tivesse medo de ser rejeitada, mas hoje
não quero medir demais as palavras.
Eu que sempre fui muito simpática, escolho a quem dar atenção.
É preciso amadurecimento pra isso.
Mas o meu cachorro...
Quero registrar aqui minha saudade:
dos latidos de manhã pra me acordar,
do choro quando atrasava o almoço
da fidelidade e da proteção
do carinho que pedia do outro lado da grade.
Constato com certeza absolutíssima:
Cachorro é melhor que homem.