quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Pedras que mudam de endereço


Enquanto isso lá na minha terra...
_Sabe aquelas pedra?
Continua ino
De caminhão de mudança vão partino.
Viu aqueles motorista que guia as carreta?
Ele leva até Itabira ou aonde?
_Ah comade! Sei não.
Sei quando passa caminhão,
porque começa cedo e me acorda com o ronco dos motor.
A vizinhança já até pediu quebra-mola na rua pra evitá atropelamento.
_E a ponte de cimento?
_Ela vai caindo de mansinho...
Feita pra agüentar peso pena, passarinho,
Serve de transição de um ao outro mundo.
China, Japão e daí pro resto.
_Japão! Quê isso?
Algum tipo de guloseima?
_Nada boba!
É onde moram uns índio amarelinho de zóio fechado.
_Fechado como os nosso...
_Ah tá!!! E a Monte Santo?
_Agora cê vê...monte santo mesmo...monte santo pra eles...
Pra nós é um mundo de pedra de sumi de vista que tá virano nada.
Talvez o nada fosse bom. Ó! Deixa eu calá que é mió.
Vou continuá varreno aqui meu terrero e pronto.
Cê viu a chuva dessa noite?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Final de ano muiiiiito gostoso.

Mas enfim, colhi a água da chuva do último dia de 2010. Está num vidro de vodka por enquanto, afinal não era pra chover, não levei vidros colhedores.
Trouxe de um sítio de Carmópolis de Minas, onde passei pela segunda vez a virada de ano. Não troco por nada esse encontro anual com uma turma fantástica, então, psicóloga que sou rsrsrs, resolvi fazer um comentariozinho (sem maldade) sobre cada um deles.
Comecemos pelo chefe da tribo:
Dodô, o bravo. Bom que ele só, mas cuidado...quando contrariado fica vermelho e esbraveja igual pobre na chuva. Sua adestradora: Simoninha, uma morena de quase dois metros de altura, cujos comandos são dados calma e firmemente e obedecidos imediatamente, que lógico, prevenida que é, para não perder as rédeas da situação no futuro, já prepara uma aprendiza, Julhinha, recém chegada, uma branquinha linda e de olhos bem espertos, calma que só ela.
Leonardo, o segundo irmão de Dodô, muito educado e atencioso braços de halterofilista e cabeça de comediante. Sua namorada, Cláudia, uma super loura cheia de charme, poderosa e perigosíssima.
O segundo no comando, mas que só aparece lá pra nos visitar: Afrânio, carinhosamente chamado por nós de Faninho, terceiro irmão do chefe, muito alegre e brincalhão,"o homem mais lindo do mundo", vigiado de perto por nada mais nada menos que sua esposa Cilmara, uma mulher bem humorada cuja presença nos deixa mais seguros, que por sua vez é irmã da meiga Cibele, Belinha para os íntimos, a chef de cozinha mais requisitada pela aristocracia brasiliense. Casada com o príncipe Thiago, um rapaz muito carinhoso e exímio dançarino, cujos atributos tivemos o prazer de testemunhar. Com sua carinha de menino bom a transformação começa no terceiro ou quarto copo, mais que uma transformação é uma metamorfose.
Tem ainda o Bruno, este sim, malhado da cabeça aos pés, prestativo, alegre, gozador, namorado da Juliana, simpática, alegre e sorridente, maravilhosamente tranqüila, mãe da Gabi.
E para a alegria de todos, Arlei, o violeiro. Compositor, cantor, tradutor que faz versões inusitadas dos mais variados estilos. Esse marronzinho alegre e descontraído cuja maior qualidade é a de ficar calado fingindo escutar e aceitar o que sua namorada fala, eu naturalmente. Co-pilota. Que ofereço meus preciosos préstimos avisando pra que lado são as curvas e a que velocidade ele deve fazê-las.
Então, esta água trás as marcas do derradeiro encontro com essa turma que se juntará para me destruir assim que ler esse troço aqui, mas espero que até a próxima virada a raiva já tenha expirado rsrsrs.
Amo vocês (esta parte eu coloquei para tentar garantir minha integridade física).
Sem mágoas, beijos para todos.