quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Pedras que mudam de endereço


Enquanto isso lá na minha terra...
_Sabe aquelas pedra?
Continua ino
De caminhão de mudança vão partino.
Viu aqueles motorista que guia as carreta?
Ele leva até Itabira ou aonde?
_Ah comade! Sei não.
Sei quando passa caminhão,
porque começa cedo e me acorda com o ronco dos motor.
A vizinhança já até pediu quebra-mola na rua pra evitá atropelamento.
_E a ponte de cimento?
_Ela vai caindo de mansinho...
Feita pra agüentar peso pena, passarinho,
Serve de transição de um ao outro mundo.
China, Japão e daí pro resto.
_Japão! Quê isso?
Algum tipo de guloseima?
_Nada boba!
É onde moram uns índio amarelinho de zóio fechado.
_Fechado como os nosso...
_Ah tá!!! E a Monte Santo?
_Agora cê vê...monte santo mesmo...monte santo pra eles...
Pra nós é um mundo de pedra de sumi de vista que tá virano nada.
Talvez o nada fosse bom. Ó! Deixa eu calá que é mió.
Vou continuá varreno aqui meu terrero e pronto.
Cê viu a chuva dessa noite?

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