quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

RIOS, SERRAS E PEDRAS


A minha cidade natal fica num plano bem baixo às margens de um rio bastante bonito com barragens prontas e em construção ( e como se não bastasse jogam esgoto nele!). Está cercada por serras altas, e quando a gente sobe nelas vê o rio lá embaixo parecendo um corregozinho fazendo curvas.
Tem lugar que a água é tão mansinha que parece estar parada quando a gente passa, uma calma convidativa, até mesmo pra mim que tenho medo de fundura de água. E tem outros onde ela é brava e barulhenta, parece protestar para que se afastem dela, mas aí eu sinto uma vontade de ficar ali olhando...
Tem uma ponte fininha onde só passa um carro de cada vez e onde ficam pescando os que desafiam os moços do IBAMA, passando por lá outro dia vi esses pescadores jogando suas linhas com molinete, aí vem a IBAMENSE toda...toda "_ô moço, nesta época é proibida a pesca...por esse e aquele motivo..." essas coisas que essa gente estudada vinda de fora vem ensinar pros matutos do interior. Alguns olharam para ela, outros continuaram pescando e um deles respondeu "_ a gente num tá pescano naum dona, tão só divertino. Pegamo os peixe e jogamo de volta no rio..." e continuou tranquilamente no seu divertimento.
Nestas enormes montanhas há muita pedra, e um certo tipo de preciosidade: o granito. Quando eu tô lá passando férias na casa de uma amiga, vejo as carretas passando. Apressadas pela avenida sem preocupação com as crianças que brincam pra rua afora, levando uma enorme pedra amarrada na carroceria, já encontrei com algumas dessas carretas passando por Borba Gato, um arraial próximo, numa estrada de terra bem fininha, cheia de altos e baixos, bem perigosinha pra um carretão daqueles, dizem as mas línguas que é pra fugir da fiscalização. Não achei nada de estranho, aqui o povo sempre dá um jeitinho... o exemplo vem dos políticos.
Mas estas pedras grandonas são vendidas pra fora e tem sempre um chinês ou um alemão por lá pra comprar elas, fiquei numa curiosidade danada e fui ver a pedreira de perto. Dá pra ver muito não, tem uma placa que só deixa pessoal autorizado entrar. Questão de segurança. Mas como eu acho que tenho colegas bastante curiosos pra ver o tamanho dessas pedras, eu tirei umas fotinhas e coloquei aqui. Minha amiga Preta posou perto de algumas delas pra gente saber o tamanho das bichas. Fui looooooooonge pra ver de onde eles tiram as pedras, mas não deu. Lembrei do Pico de Itabira que conheci através do poema de Carlos Drummond. As pedras vão acabar, os homens não vão ter onde trabalhar, será o que que eles vão inventar então? Pensei cá com meus botões. A empresa que explora a pedreira se chama MONTE SANTO!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Estas que estão à beira da estrada dizem que é refugo